O desenvolvimento da avicultura efetivou-se na década de 70, quando surgiu no estado de Santa Catarina o sistema de Integração Vertical, uma parceria entre a indústria (frigoríficos) e os produtores. Nesse novo modelo, o avicultor integrado passou a contar com o apoio da indústria no que se refere ao fornecimento dos principais insumos da atividade, como ração e medicamentos, além de assistência técnica e reposição de lotes (pintainhos).
O sistema de produção verticalizado contribuiu para o desenvolvimento da avicultura nacional, principalmente nos quesitos relacionados à biosseguridade, sanidade, qualidade dos animais e da carne de frango.
Nos últimos anos, a indústria de frangos de corte atingiu índices de produção nunca alcançados por outra espécie animal, destacando-se pela excelência em produzir proteína de alto valor biológico de forma rentável. Muito dessa eficiência produtiva deve-se aos programas de melhoramento genético de aves, que potencializaram a eficiência digestiva e a composição corporal das linhagens modernas. Dessa forma, os nutricionistas do setor ajustaram as dietas para atender as reais necessidades nutricionais das novas linhagens, permitindo que elas expressem seu máximo potencial genético.
Atualmente, de acordo com os dados de 2022 do IBGE, a produção brasileira de carne de frango está em 15,033 milhões de toneladas. E no ranking dos estados com maior produção, o estado que lidera o ranking nacional de exportação (40,38%) e de abate é o estado do Paraná (35,54% do total), seguido de Santa Catarina (14,89%) e Rio Grande do Sul (13,65%), em terceiro lugar (ABPA, 2022).
Considerando que houve um aumento de aproximadamente 135% no custo de produção do frango vivo, ocasionado principalmente pelo aumento do preço dos grãos nos últimos 5 anos, precisamos manter o foco na eficiência operacional para controlar as despesas, por meio da eficiência zootécnica e nutricional.
Quando avaliamos o desempenho das aves de 2017 a 2021 (gráfico 1), percebemos o quanto o melhoramento genético, as mudanças nutricionais e a inclusão de ingredientes melhoradores de desempenho foram essenciais. Foi observado um aumento de 7% no ganho de peso médio diário das aves, passando de 63,5g para 68,1g, enquanto a conversão alimentar diminuiu cerca de 2%, reduzindo em até 20 gramas o consumo de ração por quilo de frango vivo terminado.
Mesmo com a melhoria nos índices zootécnicos das aves, as empresas precisam constantemente buscar soluções eficientes a nível de formulação para minimizar o incremento de custo das matérias primas.
Gráfico 1: Ganho de peso diário e conversão alimentar médio de frangos de corte ao longo dos anos.
Atualizada em 25/05/2023