De acordo com a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o 1º semestre de 2022 registrou um aumento de exportações no mercado de proteína animal.
Só de carne de frango, considerando produtos processados e in natura, as exportações totalizaram 374,5 mil toneladas em fevereiro. No comparativo anual, isso representa uma alta de 7,4%.
O resultado se deu principalmente ao aumento das vendas para os Emirados Árabes.
Ainda segundo a ABPA, é a primeira vez que o país assume a liderança nas exportações de carne de frango do Brasil.
Para se ter uma ideia, apenas em fevereiro deste ano 42,8 mil toneladas foram exportadas para lá – um aumento de 89,9% em relação ao mesmo período de 2021.
O diretor de mercados da Associação Brasileira de Proteína Animal, Luís Rua, disse em nota que osEmirados Árabes Unidos ganharam um grande protagonismo nas exportações brasileiras nos últimos anos e foram decisivos.
No entanto, a China (42,3 mil toneladas), a África do Sul (30,7 mil toneladas), o México (19,6 mil toneladas) e a União Europeia (16,5 mil toneladas) também representaram.
Luís Rua ainda acrescentou que o esperado é que os níveis de compra nas regiões se mantenham nos próximos meses.
Um dos fatores que explica a expectativa é a Ucrânia ser um forte competidor do Brasil em lugares como União Europeia, Arábia Saudita e países do Golfo quando o assunto é exportação de proteína animal.
Porém, por conta do conflito com a Rússia é bastante provável que o país deixe de exportar os volumes que normalmente seriam destinados a esses locais.
Oportunidade para o setor de proteína animal
Apesar da guerra entre a Rússia e a Ucrânia aumentar os custos de produção da indústria de carnes, também traz oportunidades de mercado para o Brasil, em especial na área de frango.
Vale ressaltar que as cotações internacionais da proteína também se elevaram devido ao aumento dos custos, o que já foi vantajoso para o país.
Em fevereiro, por exemplo, a receita das exportações foi de 663 milhões de dólares–valor 27,1%maior quando comparado ao mesmo período de 2021.
Ao considerar o primeiro bimestre de 2021, o crescimento da receita foi de 33,9%, acumulando1,280 bilhão de dólares e atingindo 723,7 mil toneladas de vendas.